“Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?”
pretending to dance
domingo, 23 de outubro de 2011
“Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?”
domingo, 17 de julho de 2011
Meu pai está fazendo 60 anos amanhã.. meu irmão escreveu um texto que quero compartilhar..
sábado, 25 de junho de 2011
“Foi então que percebi que não usávamos máscaras. Lembrei que tinha lido em algum lugar que a dor é a única emoção que não usa máscara. Não sentíamos dor, mas aquela emoção daquela hora ali sobre nós, e eu nem sei se era alegria, também não usava máscara. Então pensei devagar que era proibido ou perigoso não usar máscara, ainda mais no Carnaval.”
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Quantos antes de mim?
"O casal começa a namorar, a intimidade aumenta a cada dia, até que um dos dois resolve fazer aquela pergunta infalível, assim, como quem não quer nada: amor, com quantas pessoas você já transou?
É fria. Não responda. Diga que acaba de se lembrar do velório do hamster do vizinho, diga que estão esperando você para organizar a festa de formatura da sua turma, suma e só apareça no dia seguinte. Ou então diga que sofre de amnésia. Amnésia sim, não contei pra você? Não lembro nem o que eu comi ontem...? (e muito menos quem).
A verdade é honrosa, mas nem sempre é necessária. A troco de quê querem saber com quantas pessoas você transou? Ninguém nunca pergunta quantas doações você já fez para entidades assistenciais, não perguntam sobre quantas bicicletas você teve na infância. Por que esse papo agora? Você não vai corresponder às expectativas mesmo.
Se você é homem, solteiro e está na casa dos 30 anos, certamente ela não espera que você seja um monge. Caso você seja, talvez seja boa idéia aumentar um pouquinho seu recorde, para aparentar ser mais desejável. Já se você for um don juan com muita quilometragem, reduza. E se você não tem a menor idéia de com quantas pessoas transou, invente um número de 10 a 20. Não: de 20 a 30. Ah, sei lá, eu disse que era melhor fugir.
Se você é mulher, a complicação é ainda maior. Por mais moderno que seu namorado seja, no fundo, no fundo, ele espera, sim, que você seja uma santa. Não tolera a idéia de ser comparado com os antecessores. Se você disser a verdade, ele vai dizer: Ah, 26? Ótimo, adoro mulheres experientes e sairá da sua casa direto pro bar, em busca de um coma alcóolico. Se você disser que foi só um - e pode muito bem ser verdade - ele vai pensar que você está de gozação, que foram mais de 300. Pesquisas revelam que a maioria das mulheres responde que foram 9. Se é verdade ou não, ninguém sabe, mas a maioria responde 9. Melhor não entrar na casa dos dois dígitos.
A verdade é que ninguém ficará satisfeito com a resposta. Portanto, não pergunte, não responda. Diga que antes de conhecê-la(o) você não viveu e sugira logo uma meia muzzarela, meia calabresa pra encerrar o assunto."
Martha Medeiros
quinta-feira, 12 de maio de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
"Só mudei de opinião, mas meus sentimentos continuam os mesmos, com exceção da dor, que ficou mais intensa longe de você, sinto falta, mas já doeu uma vez, talvez eu não seja capaz de suportá-la novamente. E de tudo isso eu aprendi que se entregar de corpo e alga à uma pessoa não é o suficiente pra fazê-la feliz. Queria acreditar que como em filmes no final tudo daria certo, mas preciso de motivos.. Faz acreditar que o mundo não é só aflição?"